Assessoria Nacional

O Dr. Guilherme Ravanini, médico cirurgião oncológico, esclarece as dúvidas sobre a doença

 O câncer gástrico é uma neoplasia que acomete o estômago sendo o adenocarcinoma o tipo mais comum. Entretanto, existem os sarcomas, os linfomas e os tumores estromais. A doença se origina na mucosa gástrica (parte interna do órgão) e está associada à gastrite causada pela bactéria helicobacter pylori, tabagismo, consumo excessivo de álcool, obesidade (por conta da alimentação desregulada) e do histórico genético. 

 Pessoas acima de 60 anos, são as mais atingidas. É o que diz o Dr. Guilherme Ravanini, cirurgião oncológico. Segundo ele, é raro aparecer antes dessa idade. Por esse motivo, sintomas dispépticos (queimação, azia, eructações) não devem ser menosprezados e uma endoscopia precisa ser solicitada. “Esse é o exame padrão ouro para o diagnóstico, pois permite localizar e biopsiar o tumor. Casos iniciais, chamados de câncer gástrico precoce, podem, em algumas situações, ser tratados apenas com endoscopia, sem a necessidade de cirurgia”. 

  O médico recomenda que o melhor tratamento ainda é a cirurgia, sendo muitas das vezes a única modalidade utilizada em casos iniciais. Nestes, técnicas minimamente invasivas (laparoscopia e robótica) trazem benefícios com menores incisões, menos sangramento e recuperação mais rápida. Já os pacientes com tumores mais avançados, podem precisar de quimioterapia antes e/ou depois da operação. 

  Para finalizar, Ravanini menciona que os pacientes com indicação cirúrgica para a doença, devem ser preparados do ponto de vista clínico, com exames de estadiamento e avaliação cardiovascular; metabólico, por um nutricionista e/ou nutrólogo; funcional, por um fisioterapeuta; psicológico. “Com isso, as chances de sucesso aumentam muito, diminuindo a possibilidade de complicações, com rápido retorno para as atividades”.