Educação financeira: o primeiro passo para se tornar um investidor

52% dos brasileiros não sabem aproveitar sua renda, aponta pesquisa

Cada vez mais as pessoas escutam sobre a importância de investir, no entanto, é preciso ter conhecimento e entender sobre o mercado onde irá explorar. Segundo dados do Estadão, 52% dos brasileiros não sabem aproveitar sua renda e cerca de 46% não se sentem seguros para estipular metas a longo prazo.

A educação financeira é um dos principais métodos para o planejamento de gastos, organização de renda e aprender a forma correta de aplicar o seu dinheiro. O estudo é essencial para não cair em golpes e planejar um futuro mais confortável. De acordo com o especialista Fernando Lamounier, diretor da Multimarcas Consórcios, uma das maiores administradoras consorciais do país, “é necessário que o método seja cada vez mais incentivado na nossa sociedade independente da idade. A consciência de gastos e o planejamento para realização de grandes projetos beneficia não apenas o detentor do dinheiro, mas todos ao seu redor”.

Dados apresentados pela Forbes, mostram que o número de brasileiros que decidiram investir em 2022 aumentou em 11,7% em relação a 2021. A Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), declarou que o volume financeiro chegou a 5 trilhões.

Segundo Lamounier, existe uma regra que ajuda a organizar as finanças, a 50, 30, 20, sendo 50% para gastos fixos, 30% gastos variáveis e 20% investimentos ou fundo de reserva. “Essa regra financeira é simples e separa o orçamento em três partes. O objetivo é priorizar as despesas mais importantes. Também conseguimos abrir espaço para o pagamento de dívidas ou a criação de uma reserva de emergência”.

Nesse sentido, a educação financeira se mostra fundamental no sentido de que é necessário o controle de suas finanças pessoais para que se possa entender qual a quantidade mais sustentável para se investir e como eventualmente esse valor pode ser aumentado após um planejamento financeiro e adequação de gastos.

Especialista aponta dicas para quem quer começar, “estabelecer objetivos com um bom plano de motivação, organize sua quantia mensal, descubra seu perfil de investidor e faça um investimento teste”.

Para quem está com as contas em dia, é um bom momento para investir, afirma Bruna Allemann, educadora financeira da Acordo Certo, fintech especializada em renegociação de dívidas. “Quem se organiza financeiramente, tem tranquilidade para escolher se quer guardar ou investir o seu dinheiro. Hoje há aplicações de renda fixa pagando em torno de 14% de rentabilidade ao ano”.

Mas a especialista alerta que “todos os investimentos envolvem riscos e, portanto, é importante estudar bem cada um deles antes de tomar qualquer decisão. Se você investir de forma inteligente, poderá obter bons resultados. Caso contrário, poderá sofrer perdas significativas”.

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