Insegurança é dos motivos de brasileiros se mudarem para Orlando

Nos últimos anos, o mercado de imóveis nos Estados Unidos registrou uma mudança brusca no perfil de brasileiros dispostos a investir no segmento. Se antes o interesse era o investimento em patrimônios na Terra do Tio Sam, visando ‘dolarizar’ seus rendimentos, agora a meta é outra. Eduardo Pavone, corretor credenciado na Flórida, explica qual o novo perfil que tem crescido entre os clientes brasileiros.

“Nesses 12 anos de profissão esse perfil tem mudado. Antigamente a gente recebia um público que buscava mais investimento e fazer uma dolarização de seu patrimônio. Poder ter sua casa de férias aqui, em vez de ter no litoral de São Paulo, por exemplo. A gente trabalhava 70% com esse público e 30% com o público que realmente estava migrando e se mudando para cá. No decorrer dos anos a gente vem invertendo essa porcentagem”, diz o corretor.

Atualmente, Pavone trabalha com 80% do público que está migrando para os EUA e 20% com aqueles que buscam dolarizar seu patrimônio nos EUA. “Isso mostra que cada vez mais o brasileiro está buscando sair do país, buscando mais qualidade de vida, mais segurança para criar os filhos. As pessoas têm dinheiro para ter uma vida confortável, mas em razão das inseguranças todas não podem andar de carro sem ser blindado, não podem andar com um relógio mais caro, não pode mandar a criança para a escola de bicicleta com medo de sequestro”, explica o profissional.

Pavone cita pequenas coisas que fazem toda a diferença na tomada de decisão em migrar para os Estados Unidos: “Eu tenho clientes aqui que ficam extremamente satisfeitos por poder andar em um carro que não é blindado e com o vidro aberto para ir ao supermercado, por poder usar aquele anel ou brinco que comprou na Europa e pagou caro por ele”, detalha.

E completa: “Meu público é o brasileiro que tem uma boa estabilidade financeira no Brasil, mas está cansado da insegurança. Aqui ele consegue morar muito bem e ter tranquilidade, conseguem ter os filhos numa escola pública de alto nível, ou até mesmo na escola particular. São famílias com filhos em idade escolar, que buscam qualidade de vida e conforto”.

Corretor Eduardo Pavone

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