Agesner Monteiro e Pedro Mezher bancam sozinhos a maior decoração natalina da história da fronteira Brasil–Paraguai
Neste fim de ano, quem passa pela divisa entre Ponta Porã (MS) e Pedro Juan Caballero (PY) encontra um cenário que destoa do padrão visto em cidades brasileiras: a ornamentação natalina que tomou conta da região não teve participação das prefeituras. Foi idealizada, executada e financiada exclusivamente pelos empresários Agesner Monteiro e Pedro Mezher. O …
Neste fim de ano, quem passa pela divisa entre Ponta Porã (MS) e Pedro Juan Caballero (PY) encontra um cenário que destoa do padrão visto em cidades brasileiras: a ornamentação natalina que tomou conta da região não teve participação das prefeituras. Foi idealizada, executada e financiada exclusivamente pelos empresários Agesner Monteiro e Pedro Mezher.
O projeto, considerado o maior já instalado na fronteira, reúne mais de 1 milhão de LEDs distribuídos em uma árvore de 21 metros, um túnel de luz, presépio e a maior bota de Papai Noel do Paraguai. A estrutura transformou o espaço em ponto de encontro de moradores, aumentou o movimento no comércio e passou a atrair visitantes de outras cidades.
Zero custo ao poder público e escala incomum
A montagem completa, nos dois países, foi feita sem contratos, sem repasses e sem qualquer tipo de contrapartida governamental. Apesar de o valor investido não ter sido informado, o tamanho da instalação indica cifras superiores às que muitos municípios empregaram em suas próprias decorações natalinas.
A ausência de detalhes sobre o investimento acabou reforçando a percepção de que se trata de um aporte significativo, algo incomum em iniciativas privadas desse porte.
Iniciativa alinhada a um histórico de doações
Para Agesner Monteiro e Pedro Mezher, o projeto não é um ponto fora da curva. Mezher esteve envolvido recentemente na construção e doação de uma igreja em Ponta Porã. Monteiro é responsável pelo financiamento de um santuário no interior paulista, no Caminho dos Devotos, entre Presidente Prudente e Regente Feijó — ambas ações realizadas sem uso de verbas públicas.

Um movimento na contramão do restante do país
Enquanto cidades brasileiras travaram debates sobre contratos milionários para enfeites temporários, a fronteira chamou atenção por uma solução movida unicamente pelo setor privado. Sem ônus ao contribuinte, o foco da iniciativa foi entregar um espaço de convivência e renovação simbólica para a população.
Agesner Monteiro resume o propósito: “Queríamos criar algo que aproximasse as duas cidades e levasse um pouco de esperança para as famílias”.
O resultado já se tornou parte da rotina local. A decoração, agora tratada por moradores como o novo cartão-postal natalino da fronteira, passou de projeto voluntário a atração regional.








